"Anónimo disse...
e ainda este link: http://encontrei.wordpress.com/
w w w . a - r e s s a c a . b l o g s p o t . c o m
Ressacas
Comentários (6) | quinta-feira, novembro 08, 2007
Boas caros bloguistas...
Eu gosto é do pormenor do anonimo a dizer e passo a sitar: "Um dia direi quem escreveu isto!", vamos lá ver se diz mesmo... nem ele sabe porque é o que acontece na maior parte das vezes que se pratica o copy-paste...
o que vale é que há gente atenta...
continua com os copy-paste pode ser que apanhes um professor fixe que também ande pela net...
ass. Capitulino_Andrioleto
ainda na saiu cartaz da semana do caloiro?
NAO!!! hihi
ja saiu, estava ontem em bragança
O cartaz estava ontem em Bragança? lol que maravilha.... acho que durante esta semana vai ser apresentado em algumas fnac de todo o País. Sendo já amanha em Lisboa, depois Segue-se Coimbra, Aveiro e Porto. Foram escolhidas estas fnac's pelo facto de serem sem duvida as cidades que trazem mais "povo" à nossa semana do caloiro.
E entao... e a nossa tuna como se portou em Bragança? ninguem fala disso?
hasta my friends
Pois parece que a nossa tuna rebentou e está de parabéns, mais uma vez:)
Parabéns também pá ressaca...mesmo aqui longe apoiei o meu jogador, lol, tenebroso juízo em bragança....bebe um copinho por nós.Um abraço pa vocês de todos nós ...o frio aqui já é algum....boas ressacas
(bi)
| a.ressaca@gmail.com |
Como muitos sabem, fui estudante da ESTGM. Quando entrei fui praxado e depois Praxei. Uma vezes bem outras mal mas penso que o saldo foi positivo, pelo menos os caloiros sabiam cantar.Ao longo dos anos presenciei v�rios abusos, v�rias distor�es da praxe, v�rias segundas inten�es que n�o a principal que � integrar. N�o me arrependo de nada do que fiz at� hoje e sempre fiz muitos amigos e propiciei grandes momentos a quem entrava e ningu�m conhecia.
Mas este ano, em especial, me debrucei mais neste pensamento. Vejo pessoas que v�m de muito longe, A�ores, Madeira. Pessoas com defici�ncias, como por exemplo invisuais. S�o pessoas como as outras, mas com um d�fice maior de conviv�ncia e que olham a praxe como a �nica forma de fazerem amigos, a �nica forma de n�o sentirem as saudades de casa que por vezes s�o muitas.
Sim, a praxe � dura. �Dura Praxis, Sed Praxis�. N�o h� mais nada a dizer.
N�o, a praxe n�o � violenta. N�o, a praxe n�o � a tropa. N�o, a praxe n�o � humilha�o.
A praxe � respeito. O culto do respeito pelos mais velhos, ou melhor, pelos mais experientes � muito bonito e � coisa boa. Para as coisas funcionarem � necess�rio respeito, � isso que os chamados �doutores� de praxe, ou por outras palavras, praxantes, procuram nutrir nos caloiros. Quando eu era caloiro n�o gostei de ser pressionado a fim de fazer algumas coisas, mas logo percebi que essas coisas n�o eram t�o m�s assim. Eu cantei m�sicas de �gays�. Eu simulei orgasmos. Eu simulei partos. Eu fui massacrado psicologicamente. Mas no final percebi que nada disso que eu fiz era mau, apenas o era na minha cabe�a e � um pouco isso que se consegue com o respeito, consegue-se levar algu�m a perceber que as coisas s�o o que s�o, devemos brincar com elas e n�o as levar a s�rio, a menos que o sejam realmente.
Se n�o fosse o respeito a que me obrigavam n�o teria feito metade do que fiz. Simplesmente n�o teria.
No final eu sei que perderia muita coisa, amigos, conhecimento, responsabilidade, atitude, amor pelo curso e pela academia, orgulho em ter sido praxado.
Todas estas coisas que eu vos conto soam estranho, s�o-o de facto. Mas que interessa? N�o � a vida estranha por si s� Limito-me a descobrir o gozo que d� saber que n�o se sabe tudo e que muito h� a aprender com quem tem mais experi�ncia.
Isto incomoda muita gente que n�o sabe conviver. � natural, n�o vou aqui criticar ningu�m. Quem disse que precisamos de algu�m pra seguir a nossa vida? Para essa pessoas creio que apenas basta uma mensagem: Para tudo na vida, at� para o amor, � necess�rio dar o bra�o a torcer e fazer uns sacrif�cios em prol de um bem maior�
Se n�o s�o capazes de entender isso ent�o ainda bem que n�o v�m, que n�o gostam e que critiquem a praxe. A cada cr�tica desinformada mais fortes nos tornamos e mais longe vai a nossa causa.
A TV, em especial os telejornais, s�o incrivelmente r�pidos em fazer de casos isolados exemplos nacionais. Como se, afinal, aquele caso seja a excep�o que confirma a regra. � o trabalho dos jornalistas, n�o critico. Mas para eles digo isto: A liberdade � muito boa e o que n�o falta � quem abuse dela para proveito pr�prio prejudicando outros. Ser� que isto faz da liberdade algo a evitar?
O mesmo ser� dizer: se algumas pessoas abusam da praxe (discute-se se, abusando, ser� sequer praxe�) ser� que isso faz da praxe algo de mau?
Sejamos realistas, olhemos o exemplo do invisual que quer ser integrado e que, de outra forma, seria evitado por pessoas reles que n�o t�m mais nada que fazer sen�o comentar no caf� e portarem-se como aut�nticos preconceituosos. Na praxe n�o h� desrespeito por ningu�m, seja quem for, seja como for, entre doutores ou caloiros, ou entre os pr�prios caloiros entre si. S�o todos iguais e quem se acha superior cedo se apercebe que tanto pode ser bestial agora, e logo depois uma besta.
Vejamos o exemplo das pessoas que est�o longe de casa. N�o precisam elas, urgentemente, de conhecer gente do seu curso e de outros cursos que a possam auxiliar numa nova realidade? Todos precisamos de amigos e quando estamos longe de casa a tend�ncia � o isolamento, a depress�o a vontade de largar tudo para voltar para casa�
Enfim, � o que tenho a dizer sobre a praxe.
Doa a quem doer, praxe � integra�o e acreditem, a muitos d�i muito!
Um dia direi quem escreveu isto!
Abra�o